As máscaras foram várias vezes usadas pelas pessoas como passaportes para mundos imaginários, como um meio de transmissão de histórias e como uma explicação de factos naturais inexplicáveis.
Na linguagem das artes cênicas o uso da máscara surge na antiga Grécia e Roma para festivais e teatros. Foi onde começou o uso das máscaras para fins artísticos. Com o fim da antiga civilização Romana, as máscaras caíram em desuso e os primeiros Cristãos atribuíram o uso das máscaras a cultos pagão, tornando-as quase ilegais.
No período posterior, o Renascimento, a máscara ganha força e difunde-se por toda Europa, com a Commedia Dell Arte, ou Comédia do Improviso. Um movimento atribuído pela comicidade, pelo improviso, pela acrobacia, pelo canto e pelo uso da máscaras em seus personagens estereotipados: Pantaleão, Columbina,...
Com o decorrer dos anos, no teatro moderno a máscara vem para proteger o Ego e a psique das diversas forças e atitudes sociais que nos invadem. Nesse caso, o indivíduo adota conscientemente uma personalidade artificial ou mascarada, contrária aos seus traços de caráter, para se proteger, se defender ou para tentar se adaptar ao seu círculo, o indivíduo cria uma forma de se apresentar ao mundo; seja através de atitudes, seja através de pertences pessoais.
E com este sentido, o Projeto D.A.N.T.E. vem se aproporiar do uso da máscara como persona, um símbolo dos oito círculos da obra de Aligheri que nove pessoas representarão no dia 31 de outubro.
Imagem: De olhos bem fechados, filme de Stanley Kubrick.
Referência para a construção de uma das cenas da Intervenção Urbana.
Máscaras/círculo/rito.
Samira Sinara.